Pescadores artesanais usam aplicativo para monitorar Baía de Guanabara

A tecnologia vai ajudar pescadores artesanais a proteger a Baía da Guanabara, símbolo do Rio de Janeiro e fonte de subsistência para milhares de famílias. Por meio do aplicativo “De Olho na Guanabara”, pescadores de toda a baía terão, ao alcance das mãos, uma forma de denunciar irregularidades ambientais ligadas, sobretudo, à indústria de petróleo e gás na região.

O aplicativo, desenvolvido pela 350.org e pela Associação dos Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (Rede Ahomar), foi lançado na última sexta-feira (26), em um evento na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, com a presença de lideranças das comunidades pesqueiras e representantes dos governos municipal e estadual e do Ministério Público.

Dezenas de derrames e irregularidades ambientais ligadas à produção e ao transporte de combustíveis fósseis foram registrados na baía nos últimos anos, de maneira dispersa, pelos pescadores artesanais que circulam pelo local. No entanto, a maioria sequer foi investigada, por questões como a dificuldade em precisar o ponto do vazamento e a ausência de um canal que reúna os vários órgãos que precisam ser informados das ocorrências.

A ideia é que, pelo celular, os pescadores, moradores e ambientalistas tenham uma ferramenta de registro e denúncia dos frequentes impactos ambientais na Baía da Guanabara provocados pelo setor de petróleo e gás na região. Será possível compartilhar com as autoridades competentes fotos e vídeos dos vazamentos, bem como identificar por georreferenciamento o local exato dos derrames e em tempo real.

A denúncia, após verificação da coordenadoria da Rede Ahomar, ficará registrada no mapa e em um passo seguinte, será encaminhada para os órgãos de fiscalização oficiais do governo brasileiro (IBAMA, ICMbio, Marinha, entre outros).

Para aproveitar ao máximo a ferramenta, os pescadores estão recebendo treinamento e acompanhamento do uso do aplicativo pela Rede Ahomar. Para registrar as denúncias, é preciso ser membro das associações de pescadores artesanais da região, se inscrever no site e receber uma senha de acesso. É uma forma de garantir a credibilidade dos registros. Outro ponto importante é que os dados dos denunciantes são protegidos, de forma a impedir que sofram represálias.

Veja como saber mais sobre o projeto De Olho na Guanabara, acompanhar as denúncias e ajudar a propagar as irregularidades, de forma a preservar este importante patrimônio natural.

Fonte: www.ciclovivo.com.br

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